Ela queria esquecer. Apagar tudo o que a fazia sentir medo. Queria uma revolução. E quando o vento soprou, foi até a janela.
Observou-o atenta. Forte, parecia levantar tudo o que estava em seu caminho. Decidido, mudava o que antes estava sossegado. Trazia reviravolta.
Respirou fundo. Desejou que o vento trouxesse a transformação. Com a força que carregava tudo por onde passava, que pudesse carregar também as dúvidas e dores já tão impregnadas em sua alma. Que pudesse arrancar pela raiz o medo e a desilusão.
Ela precisava de turbulência para, enfim, encontrar a calmaria...
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Sonhos sufocados
A menininha, com a pureza e a fé típica da infância, acreditava que tudo era possível. Ela sonhava alto.
Não havia obstáculos para buscar o que desejava. Ela queria ser esportista e escritora. Queria mudar o mundo. A coragem e a ousadia infantil a enchiam de ânimo. Pequena, mas gigante.
A menina cresceu. Esqueceu que queria ser escritora e esportista, era bobagem de criança. Precisava estudar e ganhar dinheiro.
Mudar o mundo? Fazer diferença? Não havia mais tempo para as utopias juvenis.
Exigências, dificuldades e desesperanças do mundo adulto a endureceram. Tornou-se insegura e medrosa, já não acreditava mais em sonhos.
A pequena gigante havia se tornado uma mulher pequena.
sábado, 15 de setembro de 2012
O choro do recomeço
A chuva se misturava às lágrimas. Eram lágrimas guardadas há tanto tempo; alívio. Fazia três anos que não chorava. Desde que ele tinha partido. Ela foi proibida de sofrer pela ausência.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Crescer...
Crescer, realmente, pode significar dar adeus a tanta coisa...
No entanto, que esse adeus não seja dado
à capacidade de sonhar. Que crescer não signifique abandonar as utopias ao
longo do caminho. Que crescer não seja dar adeus a nossa ousadia infantil, que
nos faz crer no que parece impossível. Que os anos não nos tirem a coragem, que
eles não nos coloquem as inseguranças e os medos. Que crescer jamais seja
sinônimo de endurecer. Que o crescer não nos leve a perder a confiança no
próximo e a pureza. Que possamos, mesmo adultos, preservar as
brincadeiras, a diversão e a leveza da vida. Que os anos nunca sejam o motivo
para darmos adeus ao que nos, realmente, torna humanos e felizes. Que, para
esse espírito, nunca se diga adeus e, nem mesmo, até logo!
segunda-feira, 19 de março de 2012
Lembranças...
Quem já não olhou em direção ao astro
noturno e puxou um “Lua vai, iluminar os pensamentos dela...”? Ou se embalou ao
som de Marrom bombom? Pior: quem não chorou ou se lembrou de um "amor”, no auge
dos seus doze anos, escutando um lindo pagode? Tudo bem, até pode ser que você nunca tenha
tido esse duvidoso gosto musical (perdoem-me os que gostam), mas, certamente,
conhece alguém assim.
sábado, 17 de março de 2012
Amor é decisão!
Tenho aprendido, cada vez mais, que amor é decisão diária. Amor não é sentir frio na barriga ou calafrios. Não é somente atração física e está longe de ser paixão.
Amor é escolha. Amar não significa que,durante a sua vida, não vão aparecer centenas de outras pessoas potencialmente interessantes. Amar não significa que você nunca mais vai encontrar alguém que seja atraente. Amar significa que, a despeito disso, você vai se manter fiel a sua escolha. Você vai decidir, a cada abrir de olhos, respeitar e cuidar de quem ama. Você vai escolher desfrutar e regar esse sentimento, para que ele não morra.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Máquinas?!
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