terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Meus pedidos para 2014


Se eu tivesse o poder de mudar algo em 2014, os pedidos não seriam pra mim.

Eu desejaria menos injustiça, menos descaso com os marginalizados. Menos marginalizados. Eu desejaria governos que quebrassem a lógica desse capitalismo selvagem que consome vidas e sonhos.

Eu desejaria que a política não se transformasse em Grenal. Desejaria que nesse ano eleitoral a gente tivesse menos marketing, mais discussão ideológica. Desejaria que as pessoas tivessem mais interesse pela realidade do país, mas pra isso, elas precisariam ter uma educação crítica, que as ensinasse a pensar sobre o Brasil.

Desejaria que 2014 fosse o ano da reforma política, do marco civil da internet, de pequenos avanços que demoram tanto a sair do papel. Gostaria que o clima de inconformidade visto em 2013 fosse amadurecido. Que as pessoas começassem a pensar o que, efetivamente, desejam de melhoria e que os brasileiros ocupassem os espaços de participação já existentes. E mais: que esses espaços se ampliassem, que houvesse mais mecanismos de democracia direta, de consulta popular.

Que as pessoas percebessem que os políticos não são alienígenas. Que não nos esquecêssemos que eles fazem parte da sociedade que vivemos. Desejaria que muitos parassem de criticar a corrupção da camada superior, enquanto cometem seus pequenos deslizes, com o famoso jeitinho brasileiro. Que percebessem que a diferença de roubar lá em cima  e de ser um funcionário público que leva material da instituição pra casa é só a oportunidade.

E, principalmente, se eu tivesse o poder de mudar o mundo, eu despejaria muito amor. Amor é revolucionário. Amor transforma, amor olha pelo sofrimento alheio. O amor resolveria nossos problemas.

Mas nesse novo ano, já que não posso mudar o mundo sozinha, eu desejo mudar o mundo ao meu redor. E desejo isso a cada um de vocês.Que cada um ame mais, reflita mais sobre suas ações e sobre seu papel na sociedade. Que cada um escolha ser uma ferramenta de luta pra um novo mundo possível. E que o conformismo e a apatia não anulem nossos objetivos e não façam parte do nosso 2014.