terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por que ser jornalista?!

Às vezes, eu me pergunto o porquê do jornalismo. O que me motiva a trabalhar? O que me impulsiona, o que me fascina? O que faz com que eu me dedique muito mais do que as minhas obrigações empregatícias?

Lembro que uma das minhas motivações para a escolha do curso foi o gosto que tenho pela escrita e pela leitura. Porém, ao ingressar na universidade e refletir ainda mais sobre a minha profissão, percebi que aquilo não era, definitivamente, o que mais importava. É claro que o ato de ler e escrever sempre estarão atrelados ao jornalismo e é essencial gostar de se comunicar para exercer a atividade, mas é bem mais que isso que está em jogo.

A ideia de aprender e estudar coisas novas está presente também. A vontade de conhecer histórias de vida diferentes e de poder compartilhá-las com os outros é constante.  Mas arrisco dizer que o que me faz, a cada dia, decidir pelo jornalismo vai além.

Sabe aquela ânsia  quase infantil, aquele sonho de mudar o mundo? Pois é... Clichê, ingênuo, utópico e todo meu.  É claro que, com o tempo, percebemos que não vamos mudar o mundo. No entanto, podemos fazer o que está dentro das nossas possibilidades, o que está ao nosso alcance para influenciar minimamente, nem que seja os que estão ao nosso redor.

Reflito hoje e posso garantir: ser jornalista não é só o meu trabalho, é uma das minhas ferramentas de intervenção. É um dos canais que escolhi para buscar transformação. Apesar de tudo o que vejo fazerem de errado em nome da minha profissão, eu quero exercê-la da forma mais honesta possível e não quero jamais esquecer que o interesse público deve prevalecer. Ser repórter é bem diferente do que nos dita o mercado. Jornalismo é um serviço de caráter público e não algo inventado para beneficiar e defender os direitos de poucos. E é isso que eu quero defender e é isso que eu tento perseguir 

Convenço-me de que o que mais me impulsiona é a utopia, é o sonho. Sonho de escrever, de aprender, de contar histórias. Mas, principalmente, sonho de fazer diferente. De fazer mais e melhor.  Sou jornalista por paixão.  É através da minha atuação como repórter, com dedicação, com entrega, com humildade, que eu pretendo contribuir para a sociedade em que  vivo. Parece ingênuo, bobo? Que seja..é a minha verdade!

domingo, 11 de agosto de 2013

Meu paizão!

Hoje, quando fui dar os parabéns pelo dia dos pais, a gente se abraçou e ficou  pulando na cozinha. Sim, uma mulher de 27 anos e um senhor de 61, pulando em círculos na cozinha. E depois eu ainda subi nos pés dele e ele andou uns passos comigo cantando “ Bambalalão, senhor capitão, espada na cinta, sinete na mão!”



domingo, 4 de agosto de 2013

Saudosa Lancheria do Parque

Hoje, em uma conversa, um amigo falou sobre a  lancheria do parque, a famosa "lanchera" da rua Osvaldo Aranha, em frente ao Parque da Redenção, em Porto Alegre. Foi só eu escutar aquele nome  que senti uma saudade imensa.





Geralmente, os casais têm recordações em locais bonitos, mais pretensamente românticos e aconchegantes. Mas eu e o Edu adorávamos ir à lanchera. Se me perguntassem hoje os lugares que fazem parte da nossa história, com certeza, esse estaria no topo da lista.  Muitos dos nossos amigos nos encontravam lá. Era canja no inverno, suco natural no verão, almoço aos finais de semana. Sem falar dos xis e do cachorro quente. Acho que já comemos de tudo ali.

Lá, ainda servem café naqueles copinhos de vidro. Lá, dá pra ir de manhã bem cedo ou de madrugada, depois da festa ou da academia. Outro detalhe que torna aquele lugar ainda mais acolhedor são os garçons. Atenciosos, divertidos e falantes.  Um deles, contou-nos a história do filho, que era apaixonado por livros. Lembro que o Edu levou um de presente. Até hoje, quando retorno , sou recebida com um sorriso.

O modo como os garçons lidam com os pedidos me impressiona.   O lugar está quase sempre cheio e o vai e vem é constante. Ao atenderem as pessoas, eles já saem gritando para os que ficam no balcão. Xis galinha pra cá, suco de laranja pra lá, uma infinidade de pedidos confusos gritados pelos funcionários. À primeira vista, parece desorganização. O curioso, no entanto, é que nunca tive a experiência de ter um pedido esquecido ou trocado. Eles se entendem na bagunça organizada, que já é característica marcante do local.

A lancheria do Parque é sensacional.  Talvez eu goste dela pela capacidade que tem de agregar.  Lá, já encontrei artistas famosos, trabalhadores de terno e gravata e, também, pessoas muito simples. Gente de tudo que é jeito, de todas as tribos. Sozinhos ou em grupos, nas mesas ou nos balcões.  A lancheria é sinônimo de diversidade. É um dos ambientes mais democráticos que conheço.


 Nas férias de setembro, já sei: um suco de limão natural e um xis galinha com os amigos pra matar a saudade de um dos meus locais preferidos na amada Porto Alegre.