Parece
banal, mas não é. Hoje meus pais foram me levar a Pelotas para
fazer uma prova.
Eu,
uma mulher de trinta anos, levada pelos pais para fazer um prova! Eu que sei dirigir, que estava com o carro na garagem, que poderia ter
ido até mesmo de ônibus. Eu que tenho a minha independência e que não precisaria tirá-los de Rio Grande para isso. Mas eles fizeram
questão. Eles sabem que não precisavam ir, mas quiseram me levar. Não era necessário, não era indispensável, mas eles foram.
E como se não bastasse, depois de quatro horas, quando saio com a
ideia de ir pegar o ônibus na rodoviária, escuto uma buzina: eram
eles. Eu sei que deve ter sido muito chato ficar esperando durante
quatro horas, mas a despeito de tudo, eles escolheram estar ali. E é
isso que eles sempre fizeram quando houve possibilidade: eles sempre
escolheram estar ali, eles sempre escolheram estar, durante todos
esses anos. E assim como eles me ensinaram tão bem, quero sempre
estar aqui pra eles. E espero que eles sabiam que apesar da
independência e de já ser adulta, a presença e o apoio deles
sempre serão fundamentais na minha vida.
E
a prova? Eu nem sei se me saí bem, mas estou feliz. Sei que já
tenho tudo o que preciso nessa vida.
Escrito em dezembro de 2016
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