A menininha, com a pureza e a fé típica da infância, acreditava que tudo era possível. Ela sonhava alto.
Não havia obstáculos para buscar o que desejava. Ela queria ser esportista e escritora. Queria mudar o mundo. A coragem e a ousadia infantil a enchiam de ânimo. Pequena, mas gigante.
A menina cresceu. Esqueceu que queria ser escritora e esportista, era bobagem de criança. Precisava estudar e ganhar dinheiro.
Mudar o mundo? Fazer diferença? Não havia mais tempo para as utopias juvenis.
Exigências, dificuldades e desesperanças do mundo adulto a endureceram. Tornou-se insegura e medrosa, já não acreditava mais em sonhos.
A pequena gigante havia se tornado uma mulher pequena.